Ragnarök é um MMORPG do tipo "Point'n Click", baseado em um mangá e lançado pela Gravity, uma empresa de jogos coreana. Chegou ao Brasil através da Level Up! Games, e foi o primeiro MMORPG traduzido oficialmente para a língua portuguesa.
O jogo foi um sucesso no Brasil, chegando a ter milhares de jogadores conectados e jogando simultaneamente, e continua fazendo sucesso até os dias atuais.
O que é Ragnarök?
Rgnarök é um jogo online que conta com diversos elementos do estilo RPG. Dentre esses elementos, podem ser citados um sistema de classes, níveis, atributos, itens, economia, habilidades, quests, etc.
No início do jogo, ao criar seu personagem, este será um aprendiz, e passará por um sistema de tutorial onde será ensinada a interface básica do jogo e também haverá uma explicação sobre a mecânica, as classes e o funcionamento do jogo. Esse tutorial é online, ou seja, você encontrará outras pessoas que também são iniciantes no jogo e que passarão pelo tutorial para aprender mais sobre o jogo e como jogá-lo.
Interface:
A interface de Ragnarök é simples, funcional e personalizável. A visão de câmera é isométrica, permitindo uma leve alteração do ângulo de visão. Você usa o mouse para movimentar seu personagem e mandá-lo atacar, enquanto o teclado é utilizado para se comunicar com outros jogadores, utilizar habilidades e realizar alguns comandos.
É possível também alterar a posição dos elementos que são exibidos na tela, e até mesmo quais elementos serão exibidos. São permitidas "skins", que são componentes que alteram a aparência dos elementos que são mostrados na tela(HP, SP, inventário, chat, atalhos, grupos, etc) ao gosto do jogador.
O sistema de batalha deixa um pouco a desejar, por não dar muita ênfase na habilidade do jogador para se jogar. Nas batalhas, os itens e atributos do personagem são levados mais em conta do que a habilidade do jogador em manusear o personagem. Mas nem por isso Ragnarök deixa de ser um jogo divertido, e mesmo assim exige do jogador alguma, mesmo que pouca, habilidade para saber fazer as coisas certas nas horas certas.
O jogo também conta com um sistema de chat que, se comparado a outros MMOs, se sobressai no quesito eficiência. O chat personalizável permite organizar do gosto do jogador o que será exibido, como mensagens, conversas privadas, grupos e muito mais, tornando Ragnarök um ótimo jogo para quem quer se socializar e fazer amigos.
Mecânica:
O jogo conta com um complexo sistema de quests, atributos, habilidades e classes, dando ao jogador um variado leque de opções para atender seus propósitos. Por exemplo, você pode optar por ficar rico em Ragnarök. Existe uma classe que leva alguns vantagens econômicas sobre as outras, sem desestabilizar o jogo. Ou você pode querer ser o jogador mais poderoso. Então existem diversos desafios, itens e missões que vc pode fazer pra se tornar melhor e mais forte.
Todo esse complexo e elaborado sistema tem um lado positivo e negativo. O positivo é que você pode personalizar o jogo e escolher o que fazer nele. São inúmeras possibilidades as existentes em Ragnarök. Já o lado ruim de tudo isso é a complexidade do sistema, que facilmente pode deixar jogadores, principalmente novatos, confusos ou perdidos em meio a tantas opções. Isso pode gerar uma dificuldade para o jogador, que pode acabar desistindo de jogar.
É interessante destacar o equilíbrio existente entre todos os sistemas do jogo. As classes são balanceadas, cada uma com seu próprio foco e função; As recompensas ds quests são proporcionais à sua dificuldade; A economia do jogo tende sempre ao equilíbrio. Resumidamente, quanto ao balanceamento do jogo, Ragnarök não deixa nada a desejar.
Gráficos e Sons:
É intrigante o tipo de visual adotado em Ragnarök. O cenário é modelado tridimensionalmente, enquanto monstros, npcs e personagens são feitos a partir de sprites 2D, que variam de acordo com a rotação da câmera, dando uma sensação de rotação e tridimensionalidade da sprite do personagem.
As sprites do jogo e suas animações são bem muito bem feitas, mas ainda assim a repetição das mesmas pode tornar cansativo o gameplay quando extendido por várias horas. Também é perceptível a reutilização de diversos sprites e texturas no jogo. Algumas sprites tem apenas suas cores trocadas ou seu tamanho alterado.
O som no jogo é um dos melhores pontos do mesmo. Cada cidade, área e mapas possui sua própria música, que se encaixa muito bem com o "clima" daquela área. Cada ação do personagem e suas habilidades, bem como a de montros e npcs também possuem seus próprios sons. Porém, bem como as animações do jogo, os sons, se ouvidos por um longo período, cansam e se tornam enjoativos.
Dificuldade e Estória:
Ragnarök não possui um foco muito grande no entendimento da história do jogo, uma vez que a maior parte da história do jogo é contada através de quests, que são em sua maioria opcionais. Ou seja, o jogador não precisa saber da história para jogar. E além disso, a história do jogo não é tão complexa, pois não vai muito além do que uma guerra entre humanos e monstros.
Entretanto, diferentemente da história, a dificuldade do jogo vai de mediana a impossível, pois além do complexo sistema de atributos e habilidades, existem inúmeras combinações de itens, equipamentos e cartas que dão diferentes bonus utilizados pelo personagem, que podem ou não interagir com as habilidades do mesmo. Cada inimigo no jogo também possui diferentes elementos, tipos, e habilidades, existindo também monstros extremamente poderosos, chamados de MVPs. E além de entender tudo isso, é preciso também conseguir os itens e saber utilizá-los da maneira mais eficiente. Tudo essa complexidade pode tornar o jogo extremamente difícil dependendo do que o jogador quer fazer.
Conclusão:
Ragnarök é um bom jogo, que vale a pena jogar para conhecer. Mas alguns aspectos tornam o jogo repetitivo e cansativo. Apesar disso, a enorme variedade de coisas para se fazer e de opções que se adequam a cada tipo de jogador com diferentes objetivos no jogo com certeza torna Ragnarök um jogo bastante divertido.